Como as mulheres estão desafiando a cultura do investimento na América Latina

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Como as mulheres estão desafiando a cultura do investimento na América Latina

É um fato conhecido (ainda que infelizmente) que os homens têm sido tradicionalmente vistos como a presença dominante na indústria global dos investimentos; a pesquisa da efinancialcareers, por exemplo, mostra que só 15% dos operadores nos bancos de investimento são mulheres.

Porém, a contribuição total dos homens e a taxa de sucesso na indústria podem ter sido um pouco exageradas: uma pesquisa recente de Financial Skills indica que as operadoras mulheres tomam menos riscos, quebram menos as regras e ganham mais, em média, que seus pares masculinos. Este enfoque mental mais equilibrado também se reflete nas esferas de investimento não profissional: as mulheres tendem mais a participar em poupanças em longo prazo e em portfólios diversificados de aposentadoria, respaldados por empregadores.

Em especial, a América Latina dá as boas-vindas a uma nova onda de mulheres líderes e profissionais de negócios. Os dados da Organização Internacional do Trabalho sugerem que a força de trabalho latino-americana alcançará, em geral, uma divisão de gênero de 50/50 nos próximos 20 anos (a modo de comparação, a porcentagem global atual de mulheres na força de trabalho é de somente 39%). Isto é importante, porque as mulheres latino-americanas representam 67% das compras na região, o que significa que poderiam estar em uma melhor posição para entender os mercados nos quais investem.

As mulheres, em particular, se tornaram protagonistas da indústria latino-americana de investimentos: a Latin American Private Equity & Venture Capital Association (LAVCA – Associação Latino-americana de Capitais Privados e de Risco) publicou, recentemente, sua lista das mulheres investidoras mais importantes da região – como Jana Boltvinik, fundadora da Capital Invent, um novo fundo de capital de risco no México, e Susana García Robles, uma das principais criadoras do Fundo Multilateral de Investimentos FOMIN e membro de mais de 20 diretórios de fundos de capitais de risco. A América Latina também é sede da WeXchange, uma plataforma dedicada a conectar empresárias com investidores e mentores, oferecendo orientação, investigação e informação, e um fórum anual no qual participam pouco menos de 950 empresários e investidores.

Na medida em que o mercado global se esforça por fechar o abismo de gênero, as investidoras e as profissionais em finanças serão essenciais para liderar o caminho em direção a uma nova economia mais equilibrada. Na América Latina, a tendência já está muito avançada; porém, com mais fundos disponíveis e mais empreendimentos empresariais que vão surgindo, é provável que haja desenvolvimentos ainda mais interessantes por vir.

As mulheres também estão desempenhando um papel integral em Bricksave, segundo nossa recente conversa com Sofía Gancedo, COO de Bricksave.

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O investimento está associado a riscos, incluindo a perda de capital e a falta de liquidez. Leia nossa Advertência de Riscos antes de investir.